"De nada valem as idéias sem homens que possam pô-las em prática" Karl Marx
Sócrates Santana*
A luta pelo socialismo é de longo prazo. Uma de suas dimensões, no presente, é organizar a luta cotidiana da via institucional na perspectiva de melhorar as condições de vida das classes trabalhadoras. E no município de Lauro de Freitas não é diferente. Neste sentido, a reeleição petista em nosso município lança alguns desafios que irão garantir a continuidade de um projeto viabilizado pela condição de sermos governo. Ser governo é uma das vias adotadas para fortalecermos nossos objetivos de futuro em nossas ações no presente. Só há sentido em intervir na institucionalidade de estado, mesmo sob permanente cerco burguês, se isso servir ao avanço da luta pelo socialismo.
Cabe, portanto, ao governo radicalizar ainda mais na inversão dos investimentos públicos em todas as esferas de poder, para a melhoria das condições materiais da população que vive abaixo da “linha de pobreza”. Retirá-las da situação de miserabilidade é uma exigência ética. Cabe ao governo petista, mas, principalmente ao partido, ampliar a nossa participação nos eventos populares da cidade. Há que se consolidar a crítica às instituições políticas de representação da ordem do capital e propor alternativas de instâncias de poder social. Por isso, ampliar o leque de ação do Orçamento Participativo deste município é algo que se faz urgente e requer a hegemonia desta frente por quadros petistas ou simpatizantes da nossa política.
Para isso, é preciso ampliar também a nossa rede militante. Isso inclui trazer militantes de outros municípios para a administração pública, mas, principalmente para comporem as fileiras do PT Municipal. Precisamos superar o ranço provinciano e forasteiro que rege a nossa cidade e que atrapalhou bastante a condução dos quatro primeiros anos do governo Moema Gramacho. Assim sendo, devemos estimular que o PT de Lauro de Freitas puxe uma campanha no âmbito estadual que crie o Diretório da Região Metropolitana (RM). O objetivo é pôr o município de Lauro de Freitas à frente da condução política da RM e inserir na agenda dos debates do PT Estadual a importância deste município no processo de construção de uma Bahia de todos e todas.
Também fica patente a organização de um Comitê Central, que organize do ponto de vista estratégico um plano que formule políticas do Partido no município à longo prazo. O objetivo é arregimentar quadros políticos no âmbito estadual e nacional no município, criando condições de lançarmos posteriormente candidaturas parlamentares no âmbito estadual e federal, assim como garantir que a absorção de quadros pelo governo não desarticule as ações do partido na cidade. Será o início de uma política partidária com a intenção de eleger no Senado um quadro político puxado pelo município de Lauro de Freitas e a nossa reeleição em 2012.
Em todo esse caminho é preciso definir um método. Uma boa parte do pensamento de esquerda ainda confunde ou não diferencia suficientemente os vários momentos ou níveis de profundidade da práxis social. Isso torna o debate, em geral, infértil. Na teoria crítica de Marx temos pelo menos dois níveis prático-discursivos rigorosamente interligados de forma dialética: o lógico e o histórico. Os dois, histórico e lógico regem um mesmo caminho se coagidos para tal. O que isso significa para nós de Lauro de Freitas?
De maneira pragmática, diríamos que as condições históricas para conduzirmos um processo de emancipação político e econômica na Região Metropolitana de Salvador foram dadas pela ruptura entre a capital baiana e o governo. Quero dizer que a lógica histórica foi coagida (uso positivo do termo) pela administração da prefeita Moema Gramacho, que liderou com o prefeito de Camaçari Luis Caetano um caminho de emancipação em relação a capital.
Moema e Caetano são a forma lógica da história acontecer, não como pura história da liberdade, mas como “história natural”, história coagida. O histórico, em Marx, não é a "pura história" do historicismo, pois é determinado pela lógica sistêmica coercitiva do valor. Quero dizer que trabalhamos para que essas idéias virassem realidade. Agora é preciso avançar e ampliarmos o nosso leque de atuação para toda a Região Metropolitana. Isso requer a nossa participação nas reuniões da Direção Estadual. Neste sentido, o PED de 2009 será fundamental para consolidarmos essa participação. Mas, um passo que pode ser dado é a organização de um grande seminário da Região Metropolitana, tendo como principal ponto de pauta a criação deste Diretório Regional, que deverá ser realizado em nosso município.
*Sócrates Santana é jornalista e membro do Diretório Municipal de Lauro de Freitas
A luta pelo socialismo é de longo prazo. Uma de suas dimensões, no presente, é organizar a luta cotidiana da via institucional na perspectiva de melhorar as condições de vida das classes trabalhadoras. E no município de Lauro de Freitas não é diferente. Neste sentido, a reeleição petista em nosso município lança alguns desafios que irão garantir a continuidade de um projeto viabilizado pela condição de sermos governo. Ser governo é uma das vias adotadas para fortalecermos nossos objetivos de futuro em nossas ações no presente. Só há sentido em intervir na institucionalidade de estado, mesmo sob permanente cerco burguês, se isso servir ao avanço da luta pelo socialismo.
Cabe, portanto, ao governo radicalizar ainda mais na inversão dos investimentos públicos em todas as esferas de poder, para a melhoria das condições materiais da população que vive abaixo da “linha de pobreza”. Retirá-las da situação de miserabilidade é uma exigência ética. Cabe ao governo petista, mas, principalmente ao partido, ampliar a nossa participação nos eventos populares da cidade. Há que se consolidar a crítica às instituições políticas de representação da ordem do capital e propor alternativas de instâncias de poder social. Por isso, ampliar o leque de ação do Orçamento Participativo deste município é algo que se faz urgente e requer a hegemonia desta frente por quadros petistas ou simpatizantes da nossa política.
Para isso, é preciso ampliar também a nossa rede militante. Isso inclui trazer militantes de outros municípios para a administração pública, mas, principalmente para comporem as fileiras do PT Municipal. Precisamos superar o ranço provinciano e forasteiro que rege a nossa cidade e que atrapalhou bastante a condução dos quatro primeiros anos do governo Moema Gramacho. Assim sendo, devemos estimular que o PT de Lauro de Freitas puxe uma campanha no âmbito estadual que crie o Diretório da Região Metropolitana (RM). O objetivo é pôr o município de Lauro de Freitas à frente da condução política da RM e inserir na agenda dos debates do PT Estadual a importância deste município no processo de construção de uma Bahia de todos e todas.
Também fica patente a organização de um Comitê Central, que organize do ponto de vista estratégico um plano que formule políticas do Partido no município à longo prazo. O objetivo é arregimentar quadros políticos no âmbito estadual e nacional no município, criando condições de lançarmos posteriormente candidaturas parlamentares no âmbito estadual e federal, assim como garantir que a absorção de quadros pelo governo não desarticule as ações do partido na cidade. Será o início de uma política partidária com a intenção de eleger no Senado um quadro político puxado pelo município de Lauro de Freitas e a nossa reeleição em 2012.
Em todo esse caminho é preciso definir um método. Uma boa parte do pensamento de esquerda ainda confunde ou não diferencia suficientemente os vários momentos ou níveis de profundidade da práxis social. Isso torna o debate, em geral, infértil. Na teoria crítica de Marx temos pelo menos dois níveis prático-discursivos rigorosamente interligados de forma dialética: o lógico e o histórico. Os dois, histórico e lógico regem um mesmo caminho se coagidos para tal. O que isso significa para nós de Lauro de Freitas?
De maneira pragmática, diríamos que as condições históricas para conduzirmos um processo de emancipação político e econômica na Região Metropolitana de Salvador foram dadas pela ruptura entre a capital baiana e o governo. Quero dizer que a lógica histórica foi coagida (uso positivo do termo) pela administração da prefeita Moema Gramacho, que liderou com o prefeito de Camaçari Luis Caetano um caminho de emancipação em relação a capital.
Moema e Caetano são a forma lógica da história acontecer, não como pura história da liberdade, mas como “história natural”, história coagida. O histórico, em Marx, não é a "pura história" do historicismo, pois é determinado pela lógica sistêmica coercitiva do valor. Quero dizer que trabalhamos para que essas idéias virassem realidade. Agora é preciso avançar e ampliarmos o nosso leque de atuação para toda a Região Metropolitana. Isso requer a nossa participação nas reuniões da Direção Estadual. Neste sentido, o PED de 2009 será fundamental para consolidarmos essa participação. Mas, um passo que pode ser dado é a organização de um grande seminário da Região Metropolitana, tendo como principal ponto de pauta a criação deste Diretório Regional, que deverá ser realizado em nosso município.
Nenhum comentário:
Postar um comentário