Apio Vinagre Nascimento*
Passados dez dias do pleito eleitoral e com a cabeça bem tranqüila para analisar o processo sem o calor imediato que nos acomete nos primeiros momentos pós campanha, principalmente uma campanha como tivemos em terras Ipitanguenses em 2008.
Antes disso precisamos dar um pequeno retorno ao pleito 2004, para fundamentar algumas posições a ser colocadas a seguir. Senão vejamos:
Em 03 de Outubro de 2004, Moema e a Frente Popular Oposição de Verdade enfrentaram duas coligações formadas por integrantes da atual oposição, que por conta de suas brigas internas pelo poder acabaram se subdividindo em duas candidaturas à Prefeitura Municipal. De um lado a representação do pensamento monárquico do Deputado João Leão que impôs a parte do seu grupo o nome do seu filho e do outro a candidatura de Dau Francisco, que rompeu com o grupo por não se conformar em não fazer parte dos planos do chefe naquele pleito. Somados os 9.329 votos de Dau e os 22.854 votos de Cacá, a atual oposição obteve à época 32.183 votos, contra 26.489 votos de Moema, sento contabilizados ainda 74 votos para Lelito Pinheiro.
Além disso, das onze cadeiras em disputa, a atual oposição elegeu, somados os eleitos pelos dois subgrupos, 09 vagas, tendo Moema e sua coligação eleito apenas 02 vagas. Este cenário colocava na boca da oposição o discurso de que Moema havia ganho, mas, não levaria, ou seja, não governaria em função de mesmo tendo ganho, não havia conquistado a hegemonia política do município.
Ao longo dos três anos que antecederam a campanha eleitoral de 2008 muito foi dito, mas, a colocação mais forte era a que dava como favas contadas a derrota do projeto encabeçado por Moema caso enfrentasse uma candidatura que unificasse o grupo de oposição e que fosse uma candidatura forte e, muito falou a atual oposição que este nome estava cristalizado na figura do Deputado Roberto Muniz.
Neste intervalo muitas foram as movimentações de algumas personagens deste cenário, como o Ex-Prefeito Marcelo Abreu, que até certo momento colocava-se como candidato tendo inclusive buscado por diversas vezes contato com a candidata Moema, mas, que ao final de tudo mostrou que ainda tem seu cordão umbilical ligado ao grupo da oposição, vindo a se tornar coordenador da campanha de Roberto e Lindaura Francisco, que mesmo tendo sido contemplada com a articulação política de Moema levando-a para a Ouvidoria Geral do Estado, no final também voltou ao seu habitat natural, sendo a candidata a Vice na mesma chapa.
Essas movimentações, normais do processo político, deram lugar ao longo da campanha a toda a sorte de bravatas, mentiras e leviandades, das mais variadas e torpes formas, chegando ao ponto de se veicular ilações contra Moema e seus aliados, além da utilização e forma vil do seu estado de saúde de Moema.
Eles não contavam com um aspecto, que tem transformado os pleitos eleitorais em uma verdadeira festa da democracia: O povo de Lauro de Freitas, assim como o povo brasileiro está aprendendo a analisar as propostas e tem se posicionado de forma soberana nas urnas. Repudiou de maneira firme as mentiras e ilações feitas pela oposição, demonstrou conhecimento das ações que o primeiro governo de Moema implementou na cidade. Mesmo nos locais aonde estas ações ainda não chegaram ouvimos falas como esta: “...Tô retado por que a gente ainda continua aqui na lama, mas, sei que a mulher ta trabalhando na cidade, por isso vou votar nela...” que ouvimos durante a caminhada no Loteamento Santa Bárbara em Itinga e similares em outros locais de todo o município.
Isto fez com que chegássemos no dia 05 de outubro de 2008, mesmo com toda a marola azul feita pela oposição na cidade, mesmo com as tentativas de agressão de que foi vítima Moema no dia da eleição, quando exercia o seu direito legítimo de candidata e delegada nata do pleito de visitar os locais de votação, na escola Dois de Julho e no colégio Alfredo Agostinho de Deus, ambos na Itinga, por parte de aliados do candidato da oposição, totalmente confiantes no resultado que constataríamos pela tarde durante o nosso processo de apuração.
Terminado o processo eleitoral e ainda inconformados com a derrota, os nossos adversários começam mais uma vez a plantar boatos. Ao que parecem entortaram a boca com o cachimbo da mentira e não conseguem mais parar de fazê-lo. Agora lançam aos quatro cantos da cidade a lorota que a eleição seria anulada ou que haveria, na linguagem de alguns de seus ingênuos (as) seguidores (as), teria um segundo turno.
Analisando o mapa eleitoral de Lauro de Freitas em 2008, é possível encontrar uma justificativa plausível para o comportamento da oposição, em relação ao resultado do pleito. Senão vejamos:
O eleitorado de Lauro de Freitas cresceu em quatro anos em exatos 13.372 eleitores (as) e, a oposição, que fracionada em 2004 havia conquistado 32.183 votos viu este eleitorado minguar para parcos 28.426 votos, mesmo se unificando, ou seja: num eleitorado que cresceu 51,11 %, teve uma redução de 11,67 % em sua votação. Frente a esta performance desastrosa, a oposição viu Moema desfilar um crescimento de 57,5% na sua votação, que foi dos 26.489 votos para 41.719 votos, além de ter conquistado dois terços das vagas em disputa na Câmara de Vereadores, o que lhe confere uma situação confortável de governabilidade para o quadriênio 2009/2012.
Agora é tempo de construção! Acabaram-se as eleições e o que sobrou foi a decisão soberana do nosso povo, que deu demonstrações nítidas de sua vontade. Duas delas tem nome e sobrenome:
1. O Processo político de Lauro de Freitas tem liderança firme, dedicada, comprometida e sincera de uma mulher, guerreira, que recebeu de cerca de 60 % do eleitorado de Lauro de Freitas, a batuta para conduzir o processo político nos próximos quatro anos, no mínimo, chamada Moema Gramacho.
2. A cidade tem um partido na sua preferência, detentor da maior votação para vereador (a), com 10.804 votos, que capitaneou a coligação proporcional denominada Frente Popular Socialista, também com a maior votação, entre as coligações proporcionais com 15.955 votos elegendo a maior bancada com três vereadores. Lauro de Freitas mostrou mais uma vez que é 13, mostrou mais uma vez que está com o Partido dos Trabalhadores.
Por fim, os próximos quatro anos poderão consolidar e firmar de uma vez por todas o projeto popular e participativo como modelo efetivo de gestão desta cidade que cada um de nós aprendemos a amar. Parabéns Lauro de Freitas! Viva Moema Gramacho! Viva o povo livre desta cidade!
* Apio é Técnico em Química formado pela Escola Técnica Federal da Bahia, Presidente do Partido dos Trabalhadores e Secretário Municipal de Governo em Lauro de Freitas.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
ELEIÇÕES: Prefeita petista rumo a reeleição em Lauro de Freitas
A militância petista encobriu ontem à noite (01/10) as ruas do Centro de Lauro de Freitas de vermelho. Ao lado dos partidos aliados, a prefeita petista Moema Gramacho deu o tom da campanha, que vem sendo recebida com muito carinho pela população.
A Coligação “A Força do Povo” saiu da praça de Arcanja e seguiu entre as ruas da “Lagoa dos Patos”, terminal de ônibus até chegar ao Pé de Oiti. Moema defendeu a força do argumento em detrimento do argumento da força que vem sendo utilizado pelo candidato adversário, e contagiou a massa de militantes ao dissecar algumas das principais realizações da prefeitura municipal ao longo desses três e meio.
Enquanto a petista dizia que Lauro de Freitas não tinha Farmácia Popular, creches, Cozinha Comunitária, Correio em Itinga, Banco de Alimentos, secretaria das mulheres, igualdade racial, Caps, Pro Jovem, Posto Odontológico 24 anos, Posto de Saúde no Caji, Restaurante Popular, entre outras realizações, a militância gritava em coro, “mas agora tem”.
Bastante emocionada, a prefeita ainda recebeu uma homenagem especial das mulheres do bairro de Vida Nova, que recitaram um poema de apoio a reeleição que será concretizado no dia 05 de outubro.
A Coligação “A Força do Povo” saiu da praça de Arcanja e seguiu entre as ruas da “Lagoa dos Patos”, terminal de ônibus até chegar ao Pé de Oiti. Moema defendeu a força do argumento em detrimento do argumento da força que vem sendo utilizado pelo candidato adversário, e contagiou a massa de militantes ao dissecar algumas das principais realizações da prefeitura municipal ao longo desses três e meio.
Enquanto a petista dizia que Lauro de Freitas não tinha Farmácia Popular, creches, Cozinha Comunitária, Correio em Itinga, Banco de Alimentos, secretaria das mulheres, igualdade racial, Caps, Pro Jovem, Posto Odontológico 24 anos, Posto de Saúde no Caji, Restaurante Popular, entre outras realizações, a militância gritava em coro, “mas agora tem”.
Bastante emocionada, a prefeita ainda recebeu uma homenagem especial das mulheres do bairro de Vida Nova, que recitaram um poema de apoio a reeleição que será concretizado no dia 05 de outubro.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
ELEIÇÕES:Candidato do PP pode ter candidatura impugnada e perder mandato de deputado estadual
Nesta tarde (29/09), às 16h, a Coligação "A Força do Povo" encabeçada pela prefeita Moema Gramacho (PT), concedeu entrevista coletiva sobre a impugnação de pesquisa de opinião das eleições municipais de 2008 em Lauro de Freitas, supostamente realizada pelo Instituto de Estudos e Pesquisas (INESP).
A entrevista coletiva foi concedida pelo presidente municipal do PT de Lauro de Freitas, Apio Vinagre, a secretário de formação, Lourdes Lobo, o secretário de comunicação, Sócrates Santana, pelo advogado da Coligação "A Força do Povo", Otávio Pires e o Deputado Estadual Yulo Oiticica (PT), vice-líder da bancada do governo Jacques Wagner na Assembléia Legislativa da Bahia.
Segundo o processo de impugnação da pesquisa, o juiz da 180º Zona Eleitoral, Isaias de Castro Simões declara que houve utilização fraudulenta do nome do INESP, assim como uso indevido de folhas com timbre da Assembléia Legislativa da Bahia. Simões descreve no documento que há falta de proporcionalidade entre o número de eleitores e o de entrevistados, assim como a ausência de registro do INESP no Tribunal Regional Eleitoral.
Comissão de Ética - O deputado Yulo Oiticica informou aos jornalistas presentes à entrevista coletiva que vai propor ao presidente da Assembléia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo (PSDB), juntamente com os dez deputados que compõem a bancada do PT no legislativo baiano, a instalação imediata de uma Comissão de Ética contra o deputado Roberto Muniz, que foi citado pelo juiz Simões como provável patrocinador da pesquisa de opinião.
O parlamentar pepista corre o risco de perder o mandado de deputado, caso seja comprovada a relação entre a fraude eleitoral, o desvio de recursos públicos para fins eleitorais e a sua candidatura. "A lei eleitoral diz que é vedado o uso de materiais ou serviços, custeados pelos governos ou casas legislativas", explica Yulo.
Prisão - Já o advogado da Coligação "A Força do Povo", Otávio Pires, afirmou que a constatação entre o candidato Roberto Muniz e a pesquisa de opinião pode impugnar a respectiva candidatura a prefeitura de Lauro de Freitas, assim como torna-lo réu de um processo criminal, com pena prevista entre 06 meses e um ano prisão.
A entrevista coletiva foi concedida pelo presidente municipal do PT de Lauro de Freitas, Apio Vinagre, a secretário de formação, Lourdes Lobo, o secretário de comunicação, Sócrates Santana, pelo advogado da Coligação "A Força do Povo", Otávio Pires e o Deputado Estadual Yulo Oiticica (PT), vice-líder da bancada do governo Jacques Wagner na Assembléia Legislativa da Bahia.
Segundo o processo de impugnação da pesquisa, o juiz da 180º Zona Eleitoral, Isaias de Castro Simões declara que houve utilização fraudulenta do nome do INESP, assim como uso indevido de folhas com timbre da Assembléia Legislativa da Bahia. Simões descreve no documento que há falta de proporcionalidade entre o número de eleitores e o de entrevistados, assim como a ausência de registro do INESP no Tribunal Regional Eleitoral.
Comissão de Ética - O deputado Yulo Oiticica informou aos jornalistas presentes à entrevista coletiva que vai propor ao presidente da Assembléia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo (PSDB), juntamente com os dez deputados que compõem a bancada do PT no legislativo baiano, a instalação imediata de uma Comissão de Ética contra o deputado Roberto Muniz, que foi citado pelo juiz Simões como provável patrocinador da pesquisa de opinião.
O parlamentar pepista corre o risco de perder o mandado de deputado, caso seja comprovada a relação entre a fraude eleitoral, o desvio de recursos públicos para fins eleitorais e a sua candidatura. "A lei eleitoral diz que é vedado o uso de materiais ou serviços, custeados pelos governos ou casas legislativas", explica Yulo.
Prisão - Já o advogado da Coligação "A Força do Povo", Otávio Pires, afirmou que a constatação entre o candidato Roberto Muniz e a pesquisa de opinião pode impugnar a respectiva candidatura a prefeitura de Lauro de Freitas, assim como torna-lo réu de um processo criminal, com pena prevista entre 06 meses e um ano prisão.
LEGISLATIVO: Militância acredita na ampliação da bancada de vereadores do PT
Após dois (02) meses de enquete, os petistas e simpatizantes do Partido dos Trabalhadores (PT) afirmaram que o partido da prefeita Moema Gramacho irá ampliar a sua bancada na Câmara de Vereadores de Lauro de Freitas.
Precisamente, 47 pessoas participaram da enquete, sendo que 39 votaram sim, o PT amplia a bancada, e 8 disseram não, o PT não amplia a bancada. Isso significa que 82% dos participantes da enquete acreditam que a onda petista realmente contagiou a população e vamos aumentar o número de representantes conectados com as bandeiras do PT no legislativo municipal. Atualmente, temos dois (02) vereadores: a companheira Mônica e o companheiro Maciel.
Mas, como diz a música: "Quem não gostou, pode ir pescar".
Precisamente, 47 pessoas participaram da enquete, sendo que 39 votaram sim, o PT amplia a bancada, e 8 disseram não, o PT não amplia a bancada. Isso significa que 82% dos participantes da enquete acreditam que a onda petista realmente contagiou a população e vamos aumentar o número de representantes conectados com as bandeiras do PT no legislativo municipal. Atualmente, temos dois (02) vereadores: a companheira Mônica e o companheiro Maciel.
Mas, como diz a música: "Quem não gostou, pode ir pescar".
ARTIGO: A vitória em Lauro de Freitas e a hegemonia na Região Metropolitana
Sócrates Santana*
A luta eleitoral em Lauro de Freitas concentra a disputa política em curso no país, focada nas eleições de 2010. A pouco menos de uma semana, há uma clara polarização de forças políticas entre a base do governo que busca se fortalecer para impulsionar as mudanças, dando sustentação ao projeto iniciado pelo companheiro Lula (2002) no Brasil, pela companheira Moema (2004) em Lauro de Freitas e pelo companheiro Jacques Wagner (2006) na Bahia, versus os setores conservadores e de direita, que de maneira mesquinha procuram emperrar o novo rumo que vem tomando o país, o nosso estado e a nossa cidade. Nos próximos dias tal disputa vai se acirrar, pois são nesses dias que se define o voto da maioria do eleitorado.
Vontade otimista - O caminho percorrido e dirigido pelo PT em nossa cidade, especialmente, é crescente e afirmativo no sentido de defender a nossa independência em relação a capital (Salvador), estimular a democracia popular entre os moradores e amarrar em torno do PT o cenário político na Região Metropolitana. Em recente pesquisa desenvolvida em nosso endereço eletrônico local, além de re-eleger Moema, a maioria dos nossos militantes acreditam na expansão do PT no legislativo municipal. O sociólogo italiano Gramsci condensa o otimismo dos nossos militantes dizendo que devemos agir de forma pessimista, mas inteligente, sem perder jamais o “otimismo da vontade”.
Uma vontade de ser otimista que tem fundamento na nossa expansão sintonizada com a política nacional perpetrada pelo presidente Lula por intermédio do crescimento econômico, com efeitos sociais na retomada do consumo, do emprego e elevação da renda da população. É a partir desses dados reais que retiramos a convicção que além de re-elegermos Moema também iremos ampliar a bancada de vereadores do PT, confirmando a tese da onda vermelha que encobre a Bahia e, que tem o objetivo de terminar o processo eleitoral com mais de 60 prefeituras, principalmente, na RM.
Hegemonia na RM - Por isso, ao fortalecer a prefeitura de Lauro de Freitas, o PT estará consolidando uma política hegemônica que o partido dirige na Bahia, desde a vitória do governador Jacques Wagner sobre o carlismo. Uma política hegemônica que passa por nossa cidade e os demais municípios da Região Metropolitana com o objetivo de demarcar estrategicamente o território que garante a vitória do companheiro Walter Pinheiro em Salvador, no segundo turno. Um sonho – como bem sabem companheiros e companheiros sindicalistas - oriundo da década de 80.
Trata-se de produzirmos na Região Metropolitana uma conjuntura mais favorável ao PT de Salvador, que repercute no plano eleitoral, como comprovam o crescimento da preferência popular pelos candidatos do PT e dos partidos da base de sustentação do governo, na maioria das principais cidades da Bahia.
Polarização - Em Lauro de Freitas, contudo, vale destacar, a polarização entre Moema e Muniz. Uma polarização regida por dois projetos radicalmente distintos, não só no conteúdo, mas, principalmente, nos métodos de campanha. De um lado, o jeito petista de governar, propor leis e envolver a população na campanha: democrático e popular. Do outro, a violenta forma de mandar na vontade das pessoas e a perversa maneira de destruir o adversário: autoritária e personalista. O exemplo de Lauro de Freitas é um prelúdio do que pode ocorrer em Salvador no segundo turno e uma lição que o companheiro Walter Pinheiro desde já precisa estar atento. Assim como Moema, Pinheiro deve distinguir os lados: de um lado (Muniz), a elite econômica e burguesa; do outro (Moema), o povo e o proletariado.
Muniz enrijece o embate de maneira escusa. Tendo perdido seu discurso e bandeiras, usa agora expedientes condenáveis e argumentos falaciosos, para impingir a pecha de autoritarismo ao governo democrático de Moema, ou enquadrar como autoritárias personalidades de há muito comprometidas com a luta pela liberdade da população de Lauro de Freitas, a exemplo do presidente municipal do PT de Lauro de Freitas, Apio Vinagre.
Sobriedade - Para enfrentar os métodos empregados pela direta raivosa em Lauro de Freitas e na capital baiana, teremos que seguir alguns preceitos básicos de Gramsci, que diz que “é necessário criar homens e mulheres sóbrios, pacientes, que não se desesperem diante dos piores horrores e não se exaltem em face de qualquer tolice”.
É nesse quadro polarizado que se trava a disputa. Há uma tendência de crescimento das nossas candidaturas nos principais centros. Entretanto, o que se verifica é que na capital a decisão se dará no segundo turno das eleições. Nele é que se definirá a qualidade política dos resultados eleitorais estaduais e nacionais. Tal quadro exige maior esforço de politização do debate, desvendando o sentido nacional da disputa, que é o de consolidar a vitória eleitoral das novas forças políticas e sociais emergentes em 2002.
A ferrenha disputa se decide na condução política: desvendar a falácia dos argumentos da oposição, que conduziu o país a um dos períodos mais constrangedores da trajetória nacional durante a década passada e enterrou a Bahia e o nosso município num abismo de problemas de ordem social e estrutural. Trata-se de traduzir ao imaginário popular o sentido dos campos políticos em confronto e agregar apoios que possibilitem a vitória no segundo turno na capital, após demarcarmos os espaços legitimamente petistas e de esquerda da Região Metropolitana.
Falso otimismo - Por fim, vale enfatizar que o otimismo muitas vezes se revela apenas “um modo de defender a preguiça, as próprias irresponsabilidades, a vontade de não fazer nada”, assim como a criação de um moralismo isolacionista, que evita a todo custo o confronto com o inimigo. “Os moralizadores – escreve Gramsci - caem no otimismo que é o mais puro e tolo pessimismo, já que suas prédicas deixam as coisas como estão”. Só a explicação racional dos processos pode produzir uma ação incisiva, uma vontade inflexível. É dessa vontade que os militantes de Lauro de Freitas, Salvador e demais municípios da Região Metropolitana e da Bahia precisam se apoderar. Isto vale tanto para a política quanto para a ética de cada um. E vale, em geral, para o próprio destino do PT na Bahia.
*Sócrates Santana é jornalista, cientista social e Secretário de Comunicação do PT de Lauro de Freitas.
A luta eleitoral em Lauro de Freitas concentra a disputa política em curso no país, focada nas eleições de 2010. A pouco menos de uma semana, há uma clara polarização de forças políticas entre a base do governo que busca se fortalecer para impulsionar as mudanças, dando sustentação ao projeto iniciado pelo companheiro Lula (2002) no Brasil, pela companheira Moema (2004) em Lauro de Freitas e pelo companheiro Jacques Wagner (2006) na Bahia, versus os setores conservadores e de direita, que de maneira mesquinha procuram emperrar o novo rumo que vem tomando o país, o nosso estado e a nossa cidade. Nos próximos dias tal disputa vai se acirrar, pois são nesses dias que se define o voto da maioria do eleitorado.
Vontade otimista - O caminho percorrido e dirigido pelo PT em nossa cidade, especialmente, é crescente e afirmativo no sentido de defender a nossa independência em relação a capital (Salvador), estimular a democracia popular entre os moradores e amarrar em torno do PT o cenário político na Região Metropolitana. Em recente pesquisa desenvolvida em nosso endereço eletrônico local, além de re-eleger Moema, a maioria dos nossos militantes acreditam na expansão do PT no legislativo municipal. O sociólogo italiano Gramsci condensa o otimismo dos nossos militantes dizendo que devemos agir de forma pessimista, mas inteligente, sem perder jamais o “otimismo da vontade”.
Uma vontade de ser otimista que tem fundamento na nossa expansão sintonizada com a política nacional perpetrada pelo presidente Lula por intermédio do crescimento econômico, com efeitos sociais na retomada do consumo, do emprego e elevação da renda da população. É a partir desses dados reais que retiramos a convicção que além de re-elegermos Moema também iremos ampliar a bancada de vereadores do PT, confirmando a tese da onda vermelha que encobre a Bahia e, que tem o objetivo de terminar o processo eleitoral com mais de 60 prefeituras, principalmente, na RM.
Hegemonia na RM - Por isso, ao fortalecer a prefeitura de Lauro de Freitas, o PT estará consolidando uma política hegemônica que o partido dirige na Bahia, desde a vitória do governador Jacques Wagner sobre o carlismo. Uma política hegemônica que passa por nossa cidade e os demais municípios da Região Metropolitana com o objetivo de demarcar estrategicamente o território que garante a vitória do companheiro Walter Pinheiro em Salvador, no segundo turno. Um sonho – como bem sabem companheiros e companheiros sindicalistas - oriundo da década de 80.
Trata-se de produzirmos na Região Metropolitana uma conjuntura mais favorável ao PT de Salvador, que repercute no plano eleitoral, como comprovam o crescimento da preferência popular pelos candidatos do PT e dos partidos da base de sustentação do governo, na maioria das principais cidades da Bahia.
Polarização - Em Lauro de Freitas, contudo, vale destacar, a polarização entre Moema e Muniz. Uma polarização regida por dois projetos radicalmente distintos, não só no conteúdo, mas, principalmente, nos métodos de campanha. De um lado, o jeito petista de governar, propor leis e envolver a população na campanha: democrático e popular. Do outro, a violenta forma de mandar na vontade das pessoas e a perversa maneira de destruir o adversário: autoritária e personalista. O exemplo de Lauro de Freitas é um prelúdio do que pode ocorrer em Salvador no segundo turno e uma lição que o companheiro Walter Pinheiro desde já precisa estar atento. Assim como Moema, Pinheiro deve distinguir os lados: de um lado (Muniz), a elite econômica e burguesa; do outro (Moema), o povo e o proletariado.
Muniz enrijece o embate de maneira escusa. Tendo perdido seu discurso e bandeiras, usa agora expedientes condenáveis e argumentos falaciosos, para impingir a pecha de autoritarismo ao governo democrático de Moema, ou enquadrar como autoritárias personalidades de há muito comprometidas com a luta pela liberdade da população de Lauro de Freitas, a exemplo do presidente municipal do PT de Lauro de Freitas, Apio Vinagre.
Sobriedade - Para enfrentar os métodos empregados pela direta raivosa em Lauro de Freitas e na capital baiana, teremos que seguir alguns preceitos básicos de Gramsci, que diz que “é necessário criar homens e mulheres sóbrios, pacientes, que não se desesperem diante dos piores horrores e não se exaltem em face de qualquer tolice”.
É nesse quadro polarizado que se trava a disputa. Há uma tendência de crescimento das nossas candidaturas nos principais centros. Entretanto, o que se verifica é que na capital a decisão se dará no segundo turno das eleições. Nele é que se definirá a qualidade política dos resultados eleitorais estaduais e nacionais. Tal quadro exige maior esforço de politização do debate, desvendando o sentido nacional da disputa, que é o de consolidar a vitória eleitoral das novas forças políticas e sociais emergentes em 2002.
A ferrenha disputa se decide na condução política: desvendar a falácia dos argumentos da oposição, que conduziu o país a um dos períodos mais constrangedores da trajetória nacional durante a década passada e enterrou a Bahia e o nosso município num abismo de problemas de ordem social e estrutural. Trata-se de traduzir ao imaginário popular o sentido dos campos políticos em confronto e agregar apoios que possibilitem a vitória no segundo turno na capital, após demarcarmos os espaços legitimamente petistas e de esquerda da Região Metropolitana.
Falso otimismo - Por fim, vale enfatizar que o otimismo muitas vezes se revela apenas “um modo de defender a preguiça, as próprias irresponsabilidades, a vontade de não fazer nada”, assim como a criação de um moralismo isolacionista, que evita a todo custo o confronto com o inimigo. “Os moralizadores – escreve Gramsci - caem no otimismo que é o mais puro e tolo pessimismo, já que suas prédicas deixam as coisas como estão”. Só a explicação racional dos processos pode produzir uma ação incisiva, uma vontade inflexível. É dessa vontade que os militantes de Lauro de Freitas, Salvador e demais municípios da Região Metropolitana e da Bahia precisam se apoderar. Isto vale tanto para a política quanto para a ética de cada um. E vale, em geral, para o próprio destino do PT na Bahia.
*Sócrates Santana é jornalista, cientista social e Secretário de Comunicação do PT de Lauro de Freitas.
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