segunda-feira, 29 de setembro de 2008

ARTIGO: Você já venceu, Moema

Jânio Lopo*

Pensei, pensei, pensei e nada. A indignação e a revolta acabaram por falar mais alto e tentam me calar. Resisto. Não posso me omitir ante horrenda estupidez, que parece não ter limites. Ou melhor, tem, sim. Só os sórdidos, os mesquinhos, os desprovidos de senso de ridículo, os invejosos e os mentirosos têm a coragem de atentar de forma infame e insensível contra a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho. Seus desafetos ultrapassaram a barreira da falta de ética. O desespero e a ânsia do poder pelo poder tiraram-lhes um dos sentimentos mais nobres do ser humano que é a solidariedade. A falta de argumentos políticos e o despreparo para o embate democrático os transformaram em feras. Em monstros insanos. Perigosos, maledicentes, mesquinhos, assustadores. Não! Gente como essa gente não tem condições de comandar o destino de homens e mulheres de carne e osso. Aos detratores faltam sensibilidade. Faltam compreensão e amor próprio.
Acabo de ler um desabafo, uma proclamação de repúdio da amiga de mais de duas décadas cuja lisura e profissionalismo são inquestionáveis. A jornalista Mara Campos tem uma larga experiência na área de comunicação. Tenho certeza que, assim como eu, ela não tinha visto nada igual. Não tinha visto de perto as aves agourentas, os abutres fétidos, o lado podre de uma campanha, onde inimigos clamam por sangue e por morte. E o fazem sabedores que não conseguirão seu intento. A tentativa, na verdade, é de fragilizar Moema e de ridicularizá-la, sem desconfiarem, como desprezíveis que são, que a força de Moema está na capacidade de enfrentar as adversidades e vencê-las, de transformar, de revolucionar e derramar cada pingo de suor que brota do seu rosto em favor de suas causas, de suas nobres causas. Lauro de Freitas tem a honra de ser administrada por uma mulher de fibra, de raça, que não tergiversa, que não discrimina, não persegue, não maldiz e tampouco zomba das agruras do seu povo. Muito pelo contrário. A marca de sua administração é o social. É o cuidado com a criança, com a juventude, com o idoso.
Talvez tamanho zelo a tenha levado a cuidar menos de si e mais da população carente e sofrida do seu município. Moema não precisa de afagos nem de palavras de conforto.
A conheço. Seu coração é do tamanho do mundo. Na verdade ela tem mais a dar do que a receber. É uma destemida. Enfrentou a ditadura, enfrentou a opressão, falou alto e em bom tom contra os donos da Bahia e manteve suas críticas contra todo tipo de discriminação. Sua trajetória política e pessoal não pode, nem de longe, ser comparada à daqueles que sempre viveram à sombra de chefes e de caciques políticos à base da subserviência e da mendicância por cargos públicos.
Li e reli o justo e legítimo repúdio de Mara Campos ao qual me associo. Gostaria imensamente de assinar embaixo. Pena que não tenha eu a habilidade da amiga que usa da simplicidade, sem transmitir raiva ou rancor ( eu, confesso,estou com raiva, muita raiva) à pequenez de caráter e de ódio de lunáticos que entregam a própria alma a Satanás para atingir os seus objetivos mais repugnantes, canalhas e calhordas. Uma observação de Mara Campos: " Desde menina participo ativamente de campanhas políticas, primeiro como militante, depois também como profissional da comunicação. Jamais vi uma campanha tão sórdida, tão cruel, tão perversa como a que os adversários nesta eleição dirigem à Moema Gramacho. O mais indigno -o alvo não é apenas Moema Gramacho a política, a candidata. Mas a mulher, mãe e cidadã Moema Gramacho". E continua: "Nós, jornalistas, perdemos muitas colegas queridas na luta contra o câncer de mama. Temos muitas outras, graças a Deus, que com fé e coragem estão superando ou já venceram a doença e estão aí fortes e saudáveis dando o seu testemunho e levando ânimo a muitas outras atingidas pelo câncer de mama, que é o mínimo que uma mulher nessa situação espera de outro ser humano.
Gestos como o dos seus adversários, contudo, não nos tiram a esperança na humanidade quando vemos gente de todas as localidades, credos e situação social desejar, emocionada, "saúde e sucesso" a Moema, como neste sábado, sua primeira aparição pública depois de uma semana de internamento". É isso aí. Bola para frente, Moema. O meio político sadio a vê como imprescindível nesse processo de consolidação política e democrática do nosso Estado. Você, aliás, ajudou a construir tudo isso. E ainda tem muito a contribuir.

*Jânio Lopo é editor de Política e colunista na Tribuna da Bahia.

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